Sabe o que mais magoa? Não é o fato de ter acabado. É o que vem depois. É o desfecho da história. A gente se esforça pra que as boas lembranças não morram. Sonhamos com um reencontro mágico futuramente, quem sabe. Desejamos sermos únicos e insubstituíveis, que pedaços de nós fiquem marcados na outra pessoa. Só que de repente você percebe que já foi esquecido como roupa que sai de moda e você encosta no armário ou como bombom menos gostoso da caixa de chocolates, quando sempre sobra um. Você percebe que em questão de dias, já não é mais vital pra alguém e que passa a ser coadjuvante no filme. Percebe que as pessoas são tão levianas que não ligam pra dor que você sente e já divulgam aos quatro cantos o quanto estão supostamente 'felizes' sem você. O mais engraçado é como o mundo gira em marcha acelerada pra essas pessoas que estão do outro lado. Enquanto você ainda absorve tudo e pensa com muito cuidado em todos os seus passos futuros, minuciosamente, eles já estão quase no altar dizendo ‘sim’ e jurando amor eterno para outra pessoa.
Fazendo faxina aqui dentro do peito e em minhas coisas encontrei estas palavras que escrevi pouco antes do fim:
Um dia me aparece, menino, com um cd na mão, era de uma das vozes mais bonitas, das minhas mulheres preferidas. No outro, um café de um lado e um bolinho no outro "pra dar bom dia". Senti o gosto apenas de sua doçura, nada mais. Em outra ocasião me manda um flor, apenas uma, e um monte de doces desculpando-se por aquilo que- no instante que me apareces- esqueço como efeito de mágica, como os mágicos que tiram coelhos de cartolas.
Constato que nem todo homem que manda flores e chocolates são de fato para se casar.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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