quarta-feira, 25 de março de 2009

In Rainbows



Eu não consegui escrever muita coisa sobre os shows de domingo aqui em SP, o tal Just a Fest. Tudo que eu disser vai soar muito pouco perto da grandeza deste dia. Seria tentar explicar o inexplicável. O sentimento de tudo e do nada invadindo cada pedaço do corpo. Cores que serão carregadas para o resto de nossos dias cinzas. 30.000 pessoas unidas em uma só voz, precisamente debaixo de chuva, com gotas caindo dentro de nós.

terça-feira, 17 de março de 2009

Águas de Março

[ sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você fazer tudo por mim pois se eu abandonava tudo como louca pois se eu fugia e tinha medo pois se os nuggets não tinham sabor sem os seus molhos pois se você tinha que brigar pra que eu tirasse a camisa pra fora da saia pois se eu tinha que brigar pra que você não tomasse o vinho no gargalo pois se domingos se resumiam a comida japonesa pois se tudo que eu era e tudo que você tinha era uma coisa só pois se elegíamos trilhas sonoras vitais para cada passo dado cada tropeço torto pois se eu esquivava e lhe fazia desacreditar pois se mesmo assim seu amor permanecia meu Deus como eu te doía de vez em quando eu vi você ir embora não olhar pra trás percebi a perecidade de seu eterno e reconheci sua máscara colorida e absorvi tuas inverdades que me apunhalaram rapidamente e eu senti tanta raiva que achei que não fosse suportar e eu desejei sentir mais raiva ainda pra que a separação ficasse mais fácil para que a dor não latejasse tanto e eu continuei me destruindo insistindo numa vida sem fé e sem cor procurando alguma resposta alguma decência em tudo que vivemos e ainda assim te espero numa tarde cinzenta de inverno em um pôr do sol colorido de verão em uma manhã doce de primavera e nas folhas secas do outono então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e meu coração baterá novamente e chorarei por tudo que se perdeu e por tudo que poderemos ser e eu deletarei da minha mente todos os desejos de fuga todas as loucuras de suicídio serei sobrevivente dessa saudade e eu poderei enfim mergulhar no seu cheiro e ouvir você me dizendo que está tudo bem está tudo bem e minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só embelezando a paixão não dita desejando um monte de coisas bonitas que me façam acreditar novamente que me façam acreditar em tudo outra vez só olhando e pensando meu Deus como você me dói de vez em quando ]

overdose de Caio Fernando Abreu - adaptado extraído sintetizado do meu coração

quarta-feira, 11 de março de 2009

Que seja doce



"Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas. Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito lindo e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Então, que seja doce. Repita todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na sua cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repita sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Com cuidado, com carinho grande, te abraço forte e te beijo. Roberta"

De Caio Fernando Abreu, emprestado e adaptado pra mim neste 11 de Março.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Como um samba de adeus

Ruptura muito grande. Mas não desses casos que a gente aprende a gostar ou aceita depois de "velho". É separação (que não seja o fim, deusdocéu) de algo que já é estabelecido antes mesmo da gente nascer. Ainda muito me pergunto pq Deus insiste em me esquecer.

='/

sábado, 7 de março de 2009

Hype

Este ano eu estou hype total. Já dei entrevistas para o canal GNT e portal IG em época de São Paulo Fashion Week, e agora vídeo e depoimento para a Folha de São Paulo. Tudo relacionado à moda-consumo.

Foto da entrevista GNT, veiculado na tv paga em Fevereiro 2009:
www.flickr.com/photos/robertaoliveira/3214863727/

Videocast FDS online:
www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u530536.shtml

Reportagem de capa do Caderno Vitrine - Folha de São Paulo, 07 de Março de 2009:
"Consumo Selvagem - A publicitária Roberta de Oliveira, 24, madrugou na última quinta-feira. Parou o carro numa rua dos Jardins, em São Paulo, às 08h30, e esperou sentada uma hora e meia. Em compensação, foi a primeira a chegar à abertura pública do bazar da grife Alexandre Herchcovitch, com descontos de até 90%. Como o evento só acontece a cada três anos, ela justifica: "Estava orfã"."

A matéria continua com dicas de 'Leviatã' de Thomas Hobbes para bazares mais civilizados e boas compras. Engraçadíssimo!

No fone: Baile de Peruas - No Porn

sexta-feira, 6 de março de 2009

Vitrine

Eu não sou famosa nem nada, mas eu acho fino quando vejo algum conhecido em alguma mídia. Dá sensação de poder. Por isso, minha própria propaganda: Folha de São Paulo, amanhã, sábado, Caderno Vitrine. Uma matéria sobre bazares e uma louca que mata trabalho pra não perder nem um minuto de garimpo nos corredores coloridos de Herchcovitch-Alexandre. Essa até eu vou pagar pra ver. =p

Agora vai! Será?

Eu sou tão boa em não terminar as coisas que começo a pensar que talvez eu deva sofrer de desmotivação crônica. Eu começo um livro e não termino e às vezes, gulosa, começo dois de uma vez e só termino um. Não tenho paciência pra escutar uma música até o fim, quando coloco filme pra ver em casa, durmo no final. Eu quero ser várias ao mesmo tempo, então me matriculo em cursos como uma psicopata. Se for de curta duração, ótimo. Se não, corre um risco sério de não ser concluído. Assim foi com o espanhol, com o Design, com o ballet, e outros mais. O pior dos casos é sempre achar que no mês seguinte eu vou conseguir guardar dinheiro, o que não acontece, claro.
Eu faço planos e geralmente eles demoram a acontecer pq sempre coloco algumas outras coisas no meio do caminho. Aí já não sei mais onde começa e onde acaba, nem por onde recomeçar. Este mês eu resolvi que tinha que ter mais foco e profetizei um “agora vai”. Recomecei o francês, pode ser que o inglês seja engatado no próximo mês, já estou matriculada em um curso de ‘Cinema, Moda e Arte Contemporânea’ e tenho um tanto de outras vontades fazendo cosquinhas na mente. Publicitária que sou, devo ter ideias e tirá-las do papel. A falta de encerramento dos meus projetos nada mais é do que um sentimento que mora em mim - eu prefiro começos a finais.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Hay banda

Conhece Tara Mcpherson?
Tara é uma artista plástica norte-americana super jovem, que pra mim, retrata muito bem através de suas ilustrações, o surrealismo. Já produziu postêrs para diversas bandas e como música é comigo mesmo, já ganhou meu coração.




Mais em:
No Fone: Glasvegas - Geraldine

terça-feira, 3 de março de 2009

Cores de Frida Kahlo, cores



Não fossem as enchentes-alagamentos-desabrigados-lamaceiro-caos, na cidade de São Paulo, seria doença artística (será que existe isso?) dizer que as ruas ficam com cores incríveis carregadas pelos guarda-chuvas dos pedestres?

Foto de rua de São Paulo postada agorinha mesmo no UOL.

No fone: Santa Chuva - Marcelo Camelo

Fábulas e carapuças

"Melhor mesmo para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo- a-quatro. O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada. Nem no Crato...nem na Suécia. Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o “the end” sem uma quebradeira monstruosa. Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava. O mais frio, o mais “cool” dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim. O que não pode é sair por aí assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo.
O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro traste que aparece pela frente."


Por http://carapuceiro.zip.net/ de Xico Sá.
Sábio, muito sábio!